segunda-feira, 2 de abril de 2012

Inteligencia Emocional aplicada à Educação -1





Durante muito tempo os testes de QI (quociente intelectual), foram usados na educação e em empresas, para a classificação de alunos e a seleção de candidatos, porém hoje cada vez mais empresas usam o QE (quociente emocional), como forma de aferição e classificação dos candidatos, utilizando dinâmicas de grupo para avaliar a capacidade de cada um de interagir em grupo e em situações que o coloquem frente a problemas difíceis. Ora se as empresas já se utilizam do QE, cabe aos educadores conhecerem mais sobre o assunto e poderem desenvolver nos alunos cada uma das habilidades e capacidades que compõem as diversas inteligências.
 


Neste primeiro artigo faremos a conceituação, depois virão outros com as considerações a respeito do tema.


O psicólogo Daniel Goleman, PhD, com seu livro "Inteligência Emocional”,define o conceito de inteligência emocional como o responsável pelo sucesso ou fracasso de uma pessoa, já que reporta ao campo do relacionamento interpessoal, assim sendo pessoas que sejam afáveis, compreensivas, gentis, que se conheçam e conheçam aos outros, tem mais chances de sucesso, que aquelas que não conseguem se relacionar com os outros, ou que apresentem dificuldades para tal.

 Se você esta na categoria de pessoas que tem problemas para se relacionar, não se desespere, pois a maioria das pessoas são assim, mas existe solução.

 Vamos compreender cada uma das inteligências listadas por Goleman e assim nos conheceremos melhor e poderemos atacar o problema na sua origem.


No livro, Inteligência Emocional, Daniel Goleman mapeia em cinco as áreas de habilidades:

1. Auto-Conhecimento Emocional - reconhecer um sentimento enquanto ele ocorre.
2. Controle Emocional - habilidade de lidar com seus próprios sentimentos, adequando-os para a situação.
      
3. Auto-Motivação - dirigir emoções a serviço de um objetivo é essencial para manter-se caminhando sempre em busca.
       4. Reconhecimento de emoções em outras pessoas.
       5. Habilidade em relacionamentos inter-pessoais.




As três primeiras acima referem-se a Inteligência Intra-Pessoal. As duas últimas, a Inteligência Inter-Pessoal.







Inteligência Inter-Pessoal: é a habilidade de entender outras pessoas: o que as motiva, como trabalham, como trabalhar cooperativamente com elas.



1. Organização de Grupos: é a habilidade essencial da liderança, que envolve iniciativa e coordenação de esforços de um grupo, habilidade de obter do grupo o reconhecimento da liderança, a cooperação espontânea.
2. Negociação de Soluções: o papel do mediador, prevenindo e resolvendo conflitos.
3. Empatia - Sintonia Pessoal: é a capacidade de, identificando e entendendo os desejos e sentimentos das pessoas, responder (reagir) de forma apropriada de forma a canalizá-los ao interesse comum.
4. Sensibilidade Social: é a capacidade de detectar e identificar sentimentos e motivos das pessoas.





Inteligência Intra-Pessoal: é a mesma habilidade, só que voltada para si mesmo. É a capacidade de formar um modelo verdadeiro e preciso de si mesmo e usá-lo de forma efetiva e construtiva.

O psicólogo Howard Gardner da Universidade de Harward, nos Estados Unidos, propõe“uma visão pluralista da mente” ampliando o conceito de inteligência única para o de um feixe de capacidades. Para ele, inteligência é a capacidade de resolver problemas ou elaborar produtos valorizados em um ambiente cultural ou comunitário. Assim, ele propõe uma nova visão da inteligência, dividindo-a em 7 diferentes competências que se interpenetram, pois sempre envolvemos mais de uma habilidade na solução de problemas.


Embora existam predominâncias, as inteligências se integram:



Inteligência Verbal ou Lingüística:habilidade para lidar criativamente com as palavras.




Inteligência Lógico-Matemática:capacidade para solucionar problemas envolvendo números e demais elementos matemáticos; habilidades para raciocínio dedutivo.



Inteligência Cinestésica Corporal:capacidade de usar o próprio corpo de maneiras diferentes e hábeis.



       

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 Inteligência Espacial: noção de espaço e direção



Inteligência Musical:capacidade de organizar sons de maneira criativa.



Inteligência Interpessoal:habilidade de compreender os outros; a maneira de como aceitar e conviver com o outro.




Inteligência Intrapessoal: capacidade de relacionamento consigo mesmo, autoconhecimento. Habilidade de administrar seus sentimentos e emoções a favor de seus projetos. É a inteligência da auto-estima.






Segundo Gardner, todos nascem com o potencial das várias inteligências. A partir das relações com o ambiente, aspectos culturais, algumas são mais desenvolvidas ao passo que deixamos de aprimorar outras.
Nos anos 90, Daniel Goleman, também psicólogo da Universidade de Harward, afirma que ninguém tem menos que 9 inteligências. Além das 7 citadas por Gardner, Goleman acrescenta mais duas:




Inteligência Pictográfica: habilidade que a pessoa tem de transmitir uma mensagem pelo desenho que faz.




Inteligência Naturalista: capacidade de uma pessoa em sentir-se um componente natural.






A importância da Emoções




Sobrevivência: Nossas emoções foram desenvolvidas naturalmente através de milhões de anos de evolução. Como resultado, nossas emoções possuem o potencial de nos servir como um sofisticado e delicado sistema interno de orientação. Nossas emoções nos alertam quando as necessidades humanas naturais não são encontradas. Por exemplo, quando nos sentimos sós, nossa necessidade é encontrar outras pessoas.Quando nos sentimos receosos, nossa necessidade é por segurança. Quando nos sentimos rejeitados, nossa necessidade é por aceitação.



Tomadas de Decisão: Nossas emoções são uma fonte valiosa da informação. Nossas emoções nos ajudam a tomar decisões. Os estudos mostram que quando as conexões emocionais de uma pessoa estão danificadas no cérebro, ela não pode tomar nem mesmo as decisões simples. Por que? Porque não sentirá nada sobre suas escolhas.



Ajuste de limites: Quando nos sentimos incomodados com o comportamento de uma pessoa, nossas emoções nos alertam. Se nós aprendermos a confiar em nossas emoções e sensações isto nos ajudará a ajustar nossos limites que são necessários para proteger nossa saúde física e mental.



Comunicação: Nossas emoções ajudam-nos a comunicar com os outros. Nossas expressões faciais, por exemplo, podem demonstrar uma grande quantidade de emoções. Com o olhar, podemos sinalizar que precisamos de ajuda. Se formos também verbalmente hábeis, juntamente com nossas expressões teremos uma possibilidade maior de melhor expressar nossas emoções. Também é necessário que nós sejamos eficazes para escutar e entender os problemas dos outros.



União: Nossas emoções são talvez a maior fonte potencial capaz de unir todos os membros da espécie humana. Claramente, as diferenças religiosas, cultural e política não permitem isto, apesar dar emoções serem "universais".
 


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