Durante muito tempo os testes de QI
(quociente intelectual), foram usados na educação e em empresas, para a
classificação de alunos e a seleção de candidatos, porém hoje cada vez mais
empresas usam o QE (quociente emocional), como forma de aferição e classificação
dos candidatos, utilizando dinâmicas de grupo para avaliar a capacidade de cada
um de interagir em grupo e em situações que o coloquem frente a problemas
difíceis. Ora se as empresas já se utilizam do QE, cabe aos educadores
conhecerem mais sobre o assunto e poderem desenvolver nos alunos cada uma das
habilidades e capacidades que compõem as diversas inteligências.
Neste primeiro artigo faremos a
conceituação, depois virão outros com as considerações a respeito do tema.
O psicólogo Daniel Goleman, PhD, com seu
livro "Inteligência Emocional”,define o conceito de inteligência emocional
como o responsável pelo sucesso ou fracasso de uma pessoa, já que reporta ao
campo do relacionamento interpessoal, assim sendo pessoas que sejam afáveis,
compreensivas, gentis, que se conheçam e conheçam aos outros, tem mais chances
de sucesso, que aquelas que não conseguem se relacionar com os outros, ou que
apresentem dificuldades para tal.
1. Auto-Conhecimento Emocional - reconhecer um sentimento enquanto ele ocorre. 2. Controle Emocional - habilidade de lidar com seus próprios sentimentos, adequando-os para a situação. 3. Auto-Motivação - dirigir emoções a serviço de um objetivo é essencial para manter-se caminhando sempre em busca. 4. Reconhecimento de emoções em outras pessoas. 5. Habilidade em relacionamentos inter-pessoais.
As três primeiras acima referem-se a
Inteligência Intra-Pessoal. As duas últimas, a Inteligência Inter-Pessoal.
Inteligência Inter-Pessoal: é a habilidade de
entender outras pessoas: o que as motiva, como trabalham, como trabalhar
cooperativamente com elas.
1. Organização de Grupos: é a habilidade
essencial da liderança, que envolve iniciativa e coordenação de esforços de um
grupo, habilidade de obter do grupo o reconhecimento da liderança, a cooperação
espontânea.
2. Negociação de Soluções: o papel do mediador, prevenindo e resolvendo conflitos. 3. Empatia - Sintonia Pessoal: é a capacidade de, identificando e entendendo os desejos e sentimentos das pessoas, responder (reagir) de forma apropriada de forma a canalizá-los ao interesse comum. 4. Sensibilidade Social: é a capacidade de detectar e identificar sentimentos e motivos das pessoas.
Inteligência Intra-Pessoal: é a mesma
habilidade, só que voltada para si mesmo. É a capacidade de formar um modelo
verdadeiro e preciso de si mesmo e usá-lo de forma efetiva e construtiva.
O psicólogo Howard Gardner da Universidade
de Harward, nos Estados Unidos, propõe“uma visão pluralista da mente” ampliando
o conceito de inteligência única para o de um feixe de capacidades. Para ele,
inteligência é a capacidade de resolver problemas ou elaborar produtos
valorizados em um ambiente cultural ou comunitário. Assim, ele propõe uma nova
visão da inteligência, dividindo-a em 7 diferentes competências que se
interpenetram, pois sempre envolvemos mais de uma habilidade na solução de
problemas.
Embora existam predominâncias, as inteligências se integram:
• Inteligência
Verbal ou Lingüística:habilidade para lidar criativamente com as palavras.
•
Inteligência Lógico-Matemática:capacidade para solucionar
problemas envolvendo números e demais elementos matemáticos; habilidades para
raciocínio dedutivo.
• Inteligência
Cinestésica Corporal:capacidade de usar o próprio corpo de
maneiras diferentes e hábeis.
.
•Inteligência Espacial: noção
de espaço e direção
• Inteligência Musical:capacidade
de organizar sons de maneira criativa.
• Inteligência
Interpessoal:habilidade de compreender os outros; a
maneira de como aceitar e conviver com o outro.
•
Inteligência Intrapessoal: capacidade de
relacionamento consigo mesmo, autoconhecimento. Habilidade de administrar seus
sentimentos e emoções a favor de seus projetos. É a inteligência da
auto-estima.
Segundo Gardner, todos nascem com o
potencial das várias inteligências. A partir das relações com o ambiente,
aspectos culturais, algumas são mais desenvolvidas ao passo que deixamos de
aprimorar outras.
Nos anos 90, Daniel Goleman, também psicólogo da Universidade de Harward, afirma que ninguém tem menos que 9 inteligências. Além das 7 citadas por Gardner, Goleman acrescenta mais duas:
• Inteligência
Pictográfica:
habilidade que a pessoa tem de transmitir uma mensagem pelo desenho que faz.
A
importância da Emoções
Sobrevivência: Nossas
emoções foram desenvolvidas naturalmente através de milhões de anos de
evolução. Como resultado, nossas emoções possuem o potencial de nos servir como
um sofisticado e delicado sistema interno de orientação. Nossas emoções nos
alertam quando as necessidades humanas naturais não são encontradas. Por
exemplo, quando nos sentimos sós, nossa necessidade é encontrar outras
pessoas.Quando nos sentimos receosos, nossa necessidade é por segurança. Quando
nos sentimos rejeitados, nossa necessidade é por aceitação.
Tomadas de Decisão: Nossas emoções são uma fonte valiosa da informação. Nossas emoções nos
ajudam a tomar decisões. Os estudos mostram que quando as conexões emocionais
de uma pessoa estão danificadas no cérebro, ela não pode tomar nem mesmo as
decisões simples. Por que? Porque não sentirá nada sobre suas escolhas.
Ajuste de limites: Quando nos sentimos incomodados com o comportamento de uma pessoa,
nossas emoções nos alertam. Se nós aprendermos a confiar em nossas emoções e
sensações isto nos ajudará a ajustar nossos limites que são necessários para
proteger nossa saúde física e mental.
Comunicação: Nossas
emoções ajudam-nos a comunicar com os outros. Nossas expressões faciais, por
exemplo, podem demonstrar uma grande quantidade de emoções. Com o olhar,
podemos sinalizar que precisamos de ajuda. Se formos também verbalmente hábeis,
juntamente com nossas expressões teremos uma possibilidade maior de melhor
expressar nossas emoções. Também é necessário que nós sejamos eficazes para
escutar e entender os problemas dos outros.
União: Nossas
emoções são talvez a maior fonte potencial capaz de unir todos os membros da
espécie humana. Claramente, as diferenças religiosas, cultural e política não
permitem isto, apesar dar emoções serem "universais".
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segunda-feira, 2 de abril de 2012
Inteligencia Emocional aplicada à Educação -1
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